É possível acreditar nos sonhos e nos desejos…
É possível realizá-los quando há movimentos…
Ontem não resisti. Li um livro que me envolveu a ponto
de pensar que foi dedicado para mim.
(Cartas a um jovem poeta – do poeta René Karl Wilhelm
Johann Josef Maria Rilke)
Mandei um email para o Anderson agradecendo pelo livro.
(O Anderson é um escritor que anda pelas ruas;
acorda cedo; come frutas;faz anotações; pensa;
questiona;indica e orienta.)
Ambos amamos o amor pela leitura e pela escrita.
Inclusive Anderson(creio que você lerá esse texto), Rilke recomenda que sejamos criativos,ele sugere temas para além do amor. Isto é, abordar o que não foi dito, sendo que nem tudo é dizível.
Aí vejo uma questão,pelo o menos para mim, mesmo que eu escreva a guerra e as suas técnicas de genocídio, mesmo que eu escreva o nada. “Em mim, tudo parte do amor, até o ódio.”
Bom, cheguei em casa e fiquei pensando: a vida é louca.
A vida tem vários conceitos. Depende de onde falamos.
“A vida é um rato que passa na cozinha” você encontrará
essa frase no filme Sonhos Roubados, de Sandra Werneck.
“A vida é uma largatixa que corre pela parede quando
tento matá-la”. Passei por isso ontem. Você encontrará
essa frase na minha vida.
Mas então….
Sempre quando leio fico sério. Antes, durante, depois e AGORA.
Por que eu escrevo? Por que você lê?
Eu escrevo para ser vários.
Escrevo o amor e escrevo a dor.
Escrevo quando ando lentamente pelas calçadas.
Escrevo na velocidade da cidade de São Paulo.
Escrevo de um apartamento:
Minha caverna,
Meu QG,
Minha sala de aula,
Minha biblioteca,
Meu consultório,
Jamais meu túmulo,
Jamais será o meu mundo.