Até aqui, esse foi o único documentário que me deu um soco na boca do estômago.
Acompanhei o acontecimento pela TV, poucos dias depois do meu aniversário,
em 2000.
Naquela época tinha acabado de sair da adolescência e sentia amargamente o sabor
do racismo, do desemprego e da discriminação policial.
Após alguns anos me deparei com o documentário numa locadora do bairro.
Então, loquei: Ônibus 174, de José Padilha.
Naquele dia fazia sol. Era de tarde. Assisti o documentário sozinho.
Quando acabei de assisti-lo, nossa… Fui para o quintal de casa e abaixei a cabeça.
O sol se escondia atrás das nuvens.
Refleti…
Me bateu um sentimento de revolta, no sentido trabalhado por Walter Ude.
Me bateu um sentimento de revolta, no sentido trabalhado por Walter Ude.
Comecei a indagar:
“Poxa, olha a história de vida do cara?!
A multidão, os gritos, as pessoas dentro do ônibus, o despreparo do poder público…
Por que mataram o ‘mancha’ sendo que ele já tinha sido dominado pela polícia?”
OBS: quero deixar claro que não estou defendendo o crime, mas apresento um reflexão sobre tal fato.
Vamos lá…
Quando entrei na faculdade me interessei pelas obras de Michel Foucault. Percebi o quanto as suas produções eram importantes para pensarmos essa questão…
Quando entrei na faculdade me interessei pelas obras de Michel Foucault. Percebi o quanto as suas produções eram importantes para pensarmos essa questão…
O caso do Ônibus 174, além do documentário, também foi transformado em filme, ÚLTIMA PARADA 174, de Bruno Barreto, em 2008.
O tempo passa mas aquilo que nos toca não se desmancha facilmente.
O fato é que a sociedade tem dom para construir e/ou incentivar trajetórias de vida iguais a de Sandro…
O fato é que a sociedade tem dom para construir e/ou incentivar trajetórias de vida iguais a de Sandro…
FONTE (IMAGEM): http://bloglog.globo.com/blog/blog.do?act=loadSite&id=134&mes=12&ano=2007